A Diversidade começa a ser percebida como uma questão de desempenho e um mecanismo de crescimento para as organizações.
Temos verificado o surgimento e utilização de um novo índice no mercado financeiro para examinar oportunidades e riscos a longo prazo nas empresas. Trata-se do índice de Diversidade e Inclusão (D&I).
A Diversidade e a Inclusão implicam em adotar uma cultura onde a diversidade de ideias, estilos, experiências e abordagens é valorizada e fomentada para dar espaço à inovação. Verifica-se que ao promover a inovação nas organizações, acaba-se tendo um impacto positivo no valor das ações das empresas de capital aberto.
Infelizmente, criamos o cacoete de, ao falar em diversidade, pensarmos imediatamente na relação desigual de poder entre homens e mulheres. Para isso, várias organizações levantaram a bandeira do que chamaram de igualdade de gênero. Dois termos utilizados de forma incorreta. Primeiro, porque igualdade assume que tanto homens como mulheres sejam iguais, o que biologicamente não é possível. Segundo, porque gênero não tem a ver com a classificação biológica da pessoa, mas sim com a orientação de papéis e expressões, independente do sexo.
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Segundo Joan Scott em seu artigo Gender on Politics of History (Columbia University Press, 1988), as feministas começaram a usar o termo gênero, num sentido mais literal, como uma maneira de se referir a organização social da relação entre os sexos. Desde então, num sentido mais simples e para garantir as conquistas políticas, gênero erroneamente virou sinônimo da diferenciação entre mulheres e homens. O termo gênero não implica necessariamente uma tomada de posição sobre a desigualdade ou o poder.
Sexo é biológico, gênero é social. E o gênero vai além do sexo – o que importa, na definição do que é ser homem ou mulher, não são os cromossomos ou a conformação genital, mas a autopercepção e a forma como a pessoa se expressa socialmente.
"A diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende-se à idade, história pessoal e corporativa, formação educacional, função e personalidade. Inclui estilo de vida, orientação sexual, origem geográfica, tempo de serviço na organização, status de privilégio ou de não privilégio e administração ou não administração"
(THOMAS, R. R. Beyond race and gender: unleashing the power of your total work force by managing diversity. New York: Amacom, 1991)
Talvez estejamos nos utilizando de forma incorreta da terminologia existente. Enquanto sexo é o aspecto biológico que define as características físicas que diferenciam homens e mulheres, o conceito de gênero é bem mais amplo, compreendendo papéis e condutas sociais que podem comumente ser associadas ao masculino e ao feminino.